quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Para entender...

Bárbaros” era a denominação dada aos povos de origem germânica que invadiram a Península Ibérica durante os séculos IV e V. A palavra “bárbaros” deriva do romano “bárbaroi” = estrangeiro, e designava qualquer um que não compartilhasse da cultura e da língua romanas.
Os bárbaros, na verdade, dividiam-se em diversos povos distintos que habitavam as regiões dos rios Reno, Danúbio, Vístula e a região dos mares do Norte e Báltico, a Germânia. Os grupos bárbaros dividem-se em Tártaro-mongóis (hunos, turcos, búlgaros, húngaros – magiares), Eslavos (russos, poloneses, tchecos, sérvios) e germanos (visigodos, ostrogodos, hérulos, anglos, saxões, lombardos, vândalos e francos).
Durante muito tempo os bárbaros viveram em paz com os romanos que já haviam tido contato com eles desde o Império de Júlio César. Entretanto, com a chegada dos hunos, vindos da Ásia central, os bárbaros germânicos foram “empurrados” para os territórios romanos de forma nem um pouco amistosa causando uma onda de devastação e terror.
A organização social dos bárbaros se baseava na “sipe”, um clã formado por famílias ligadas entre si por parentesco onde cada um protegia ao outro e onde a ofensa a um deles significava a ofensa a toda à sipe. Como não conheciam a organização em um estado a instituição mais importante dos bárbaros era a Assembléia de Guerreiros que decidia sobre todas as questões, decidindo inclusive quem seria o rei. Este, geralmente constituía para si uma guarda pessoal que lhe jurava fidelidade no caso de um ataque e ganhava em troca alguns prêmios, como terras e riquezas pilhadas de outros povos.
A principal atividade econômica dos bárbaros era o cultivo de trigo, feijão, cevada, ervilha e a criação de gado para obtenção de couro, carne e leite, entretanto, os bárbaros utilizavam a guerra e a pilhagem como forma de adquirir bens.
Sua religião era politeísta e Odin, o deus do vento e da guerra, seu principal representante. Eles acreditavam que após a morte os bravos guerreiros iriam desfrutar de um paraíso, como uma vida após a morte.
Diversos aspectos da cultura bárbara iriam compor todo o cenário da Idade Média visto que sua arte e cultura influenciaram muitos aspectos deste período principalmente na arquitetura e religião.
Os principais povos bárbaros foram os burgúndios, francos, suevos, alanos, vândalos, lombardos, anglos, saxões, jutos, frisões, e etc. Os francos se estabeleceram na região da atual França; os lombardos invadiram a Península Itálica ao norte; os anglos e saxões, invadiram o território das Ilhas Britânicas; os Burgúndios invadiram a região do sudoeste da França; os visigodos tomaram a Gália, Itália e Península Ibérica, assim como os suevos e os vândalos, estes últimos ainda chegaram ao norte da África; e os ostrogodos que invadiram a região da atual Itália.

Anglos

Os Anglos são uma palavra inglesa moderna usada para se referir ao povo germano cujo nome deriva-se da antiga região cultural de Ânglia, um distrito localizado em Schleswig-HolsteinAlemanha. Os anglos foram um dos maiores grupos a fixar-se na Bretanha no período pós romano, fundando diversos reinos da Inglaterra Anglo-saxônica e instalando-se na Ânglia OrientalMércia e na Nortúmbria no século V d.c e seu nome é raiz do nome "Inglaterra".

O nome étnico "anglos" (Angeln em alemão (significa "peixe"); englas em inglês antigoanglus, pl. anglii em latim) possui várias formas e grafias, a mais antiga comprovada é o nome latinizado Anglii, uma tribo germânica mencionada na Germania de Tácito. A Bretanha meridional e oriental foi posteriormente chamada de Engla-lond ("terra dos anglos", em inglês antigo), e mais tarde England, o termo em inglês para Inglaterra.


Império Romano de Adriano (117-138), mostrando a localização dos Anglii, que então habitavam a península daJutlândia (atual Dinamarca).

Ostrogodos

Os ostrogodos eram um ramo dos godos, povo germânico que, segundo Jordanes, surgiu na região meridional da Escandinávia. Esse povo originalmente era um povo unificado mas acabou por dividir-se em dois ramos: visigodos (que significa "godos do oeste") e ostrogodos (que significa "godos do leste"). Nenhuma outra fonte primária menciona esta longa migração, que poderia ter-se iniciado no Báltico ou no Mar Negro e é possível que os godos tenham se desenvolvido como um povo distinto dos demais bárbaros nas fronteiras do Império Romano [1]. Os godos, segundo Jordanes, se distinguiam por usarem escudos redondos e espadas curtas e obedecerem fielmente a seus reis.
A única fonte da história inicial dos godos é a Getica de Jordanes (publicada em 551), um resumo de Libri XII De Rebus Gestis Gothorum,[2] história escrita por Cassiodoro, em doze volumes, por volta de 530. A obra de Cassiodoro perdeu-se e Jordanes nem mesmo deve tê-la em mãos para consulta, portanto esta fonte primária deveria ser considerada com cuidado. Cassiodoro estava no lugar certo para escrever sobre os godos, por ser ele um dos principais ministros de Teodorico o Grande, que certamente havia ouvido algumas das canções góticas que falavam de suas origens tradicionais.


História

Origens

Os ostrogodos surgiram na fronteiras do Império Romano a partir das invasões hunas na região do mar Negro. Até então visigodos e ostrogodos não haviam se dividido e estavam sob o poder do rei Hermenerico. Com as primeira invasões hunas o rei se suicidou e outros dois reis surgiram para sucedê-lo: Vitimiro (governou os ostrogodos) e Fritigerno (governou os visigodos).
Vitimiro foi eleito em um momento em que o povo ostrogodo vivia em uma situação muito precária tendo se suportar diversas derrotas frente aos hunos. Em 376, os ostrogodos sofreram uma derrota terrível, onde morreu o próprio Vitimiro. Como o filho de Vitimiro, Viderico, era uma criança, os generais Alateo e Safrax assumiram a regência até que ele cumprisse 21 anos. Após a derrota em mãos hunas, os ostrogodos dirigidos por Safrax e Alateo se dirigiram junto com os visigodos até o Dniestre, e mais adiante em direção ao Danúbio e ao Império Romano, porém outro grupo importante foi submetido pelos hunos.
Alateo e Safrax aderiram à revolta de Fritigerno e com ele participaram da Batalha de Adrianópolis em 378. Após esse período a única coisa que sabe sobre os três é que foram instalados junto com seu povo pelo imperador Graciano na Panônia. Até o ano de 453, as únicas referências aos ostrogodos são as informações das ajudas militares destes ao Império Huno, principalmente na Batalha dos Campos Cataláunicos (451).
Em 453, com a morte de Átila, os godos Valamiro, Videmiro e Teodomiro começaram uma revolta contra os hunos que acabaria causando em 454, com a Batalha de Nedao, a libertação do povo ostrogodo das mãos hunas. Em 454, os ostrogodos libertos foram junto dos três revoltosos para a Panônia onde formaram um reino ostrogodo. Esta região como já mencionado já estava sendo habitada pelos godos que fugiram dos hunos anos antes.
Valamiro, Videmiro e Teodomiro tornaram-se reis dos godos compartilhando o poder e o titulo.
Uma disputa relativa a certos impostos anuais levou Valamiro a dirigir um exército de ostrogodos contra Constantinopla (459462), onde o imperador bizantino Leão I prometeu um pagamento anual de ouro para satisfazê-lo. Durante um ataque contra os citas, Valamiro caiu de um cavalo e morreu (465).
Após a guerra contra hérulos, gépidas e citas pelo controle da Panônia, Videmiro se dirigiu com uma porção de ostrogodos até a Itália, em 473. Ali, o imperador Glicério os aconselhou a dirigir-se a Gália junto com seus parentes visigodos.
Desde então, Teodomiro, que era o maior dos irmãos, ficou como único rei dos ostrogodos da Panônia.
Casou-se com Erelieva, com que teve dois filhos: Teodorico e Amalafrida. Quando Teodomiro morreu em 474, seu filho Teodorico o sucedeu como rei.


Reino ostrogodo na Itália

Não muito depois de Teodorico se tornar rei, ele e Zenão I concluíram um acordo que beneficiava os dois lados. Os ostrogodos precisavam de um lugar para viver, e Zenão I estava tendo sérios problemas com Odoacro, rei da Itália que tinha causado a queda do Império Romano do Ocidente em 476. Ainda que formalmente fosse um vice-rei do imperador Zenão I, Odoacro estava ameaçando territórios bizantinos e não respeitava os direitos dos cidadãos romanos na Itália. Com o encorajamento de Zenão I, Teodorico invadiu o reino de Odoacro.
Teodorico chegou com seu exército à península Itálica em 488, onde venceu a Batalha de Isonzo (489), a Batalha de Milão (489) e a de Adda, em 490. Neste mesmo ano Ravenna foi assediada. O cerco durou três anos e foi marcado por dezenas de ataques de ambos os lados. No final, nenhum dos lados pode prevalecer de forma conclusiva, e assim em 2 de fevereiro de 493, Teodorico e Odoacro assinaram um acordo que garantiu a supremacia de ambos. Um banquete foi organizado para celebrar o tratado. Foi nesse banquete que Teodorico matou Odoacro com as próprias mãos.


Mapa do reino Ostrogodo no seu auge, sob Teodorico, o Grande

Como Odoacro, Teodorico era formalmente apenas um vice-rei para o imperador romano em Constantinopla. Na realidade, ele agia com independência, e o relacionamento entre o imperador e Teodorico era de iguais. Contudo, diferentemente de Odoacro, Teodorico respeitava o acordo que tinha feito e permitia que os cidadãos romanos dentro do seu reino fossem submetidos à lei romana e ao sistema judicial romano. Os ostrogodos, por enquanto, viviam sob suas leis e costumes.
Teodorico foi um governante hábil, que soube conservar o equilíbrio entre as instituições imperiais e as tradições bárbaras. Homem culto, educado na corte de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, conseguiu ganhar a simpatia da aristocracia romana, cujos privilégios anteriores respeitou, e do povo, que assistia satisfeito à realização de obras públicas para a reconstrução e modernização de Roma. Ao que parece, Teodorico alimentava o projeto de fundar um império godo que impusesse seu domínio sobre o resto do mundo bárbaro. Para isso, manteve contato com outras tribos godas e estabeleceu vínculos familiares com os francos, os vândalos e os burgúndios.
Após sua morte em Ravenna, em 526, Teodorico foi sucedido pelo seu neto Atalarico. Atalarico foi inicialmente representado por sua mãe, Amalasunta, que atuou como rainha regente de 526 a 534.
Não suportando a regência de uma mulher, a educação romana ministrada ao rapaz, o tratamento obsequioso de Amalasunta em relação a Bizâncio, nem tampouco seu espírito conciliador com os romanos, a nobreza gótica decide tirar-lhe o filho e educá-lo segundo os costumes de seu povo.
O jovem, no entanto, não resistiu a isso e morreu em 534. Amalasunta, que queria manter o poder, desposou Teodato, um dos chefes do partido nacional.
Teodato exilou a esposa no lago de Bolsena e ordenou sua morte em 535. O assassinato de Amalasunta foi usado pelo imperador bizantino Justiniano I para não reconhecer a legitimidade do reinado de Teodato e invadir a Itália. A "reconquista" da Itália pelo Império Bizantino levaria quase duas décadas e seria mais destruidora que as invasões bárbaras dos dois séculos anteriores. Esse periodo foi denominado de Guerras Góticas.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Para Saber Mais


Vândalos

Os Vândalos eram uma tribo germânica oriental que penetrou no Império Romano durante o século V e criou um estado no norte da África, centralizado na cidade de Cartago. Os vândalos saquearam Roma no ano de 455, destruindo muitas obras primas de arte que se perderam para sempre.Os vândalos foram identificados com a cultura Przeworsk no século III. Controvérsias envolvem as potenciais conexões entre os vândalos e outra possivelmente tribo germânica, os Lugii (lygier, lugier ou lígios). Alguns acadêmicos acreditam que ou Lugii era um antigo nome dos vândalos ou os vândalos eram parte da confederação lígia.





   
Norte da Europa e Báltico no século III
██ cultura báltica (Aesti?)


Vandalismo

O ataque dos neo-vândalos

Onde houver guerra, onde houver destruição, onde houver artigos serem varridos, lá estarão os vândalos. Vândalos são como hienas, atacam sempre em bandos. Era difícil combater vândalos antigos, e atualmente, mais difícil ainda combater os neo-vândalos. Eles entram em êxtase e começam a destruir tudo o que veem pela frente, como bons bárbaros. Quando o líder do bando é preso, um novo líder é escolhido para comandar a bagunça.
O ataque dos neo-vândalos
Onde houver guerra, onde houver destruição, onde houver artigos serem varridos, lá estarão os vândalos. Vândalos são como hienas,  atacam sempre em bandos. Era difícil combater vândalos antigos, e atualmente, mais difícil ainda combater os neo-vândalos. Eles entram em êxtase e começam a destruir tudo o que veem pela frente, como bons bárbaros. Quando o líder do bando é preso, um novo líder é escolhido para comandar a bagunça.


O vandalismo (Wandhalismus na linguagem gótica) é uma seita de adoração aos vândalos. Todas as escrituras anarquistas são adoradas pelos vandólatras. Toda a cultura vândala é estudada, e os membros da seita agem como verdadeiros vândalos. Hoje em dia, os arruaceiros também recebem o apelido vandálico, apesar de não serem membros da Ordem Vandalística.

Visigodos


Os visigodos foram um de dois ramos em que se dividiram os godos, um povo germânico originário do leste europeu, sendo o outro os ostrogodos. Ambos pontuaram entre os bárbaros que penetraram o Império Romano tardio no período das migrações. Após a queda do Império Romano do Ocidente, os visigodos tiveram um papel importante na Europa nos 250 anos que se seguiram, particularmente na península Ibérica, onde substituíram o domínio romano na Hispânia, reinando de 418 até 711, data da invasão muçulmana, que substituiria o reino visigodo pelo Al-Andaluz
Alguns autores defendem a origem do nome "visigodo" na palavra Visi ou Wesa ("bom") e do nome Ostro, de astra (resplandescente).[1] Mas a opinião mais consagrada considera a origem da palavra na denominação de "godos do oeste", do alemão "Westgoten", "Wisigoten" ou "Terwingen", por comparação com os ostrogodos ou "godos do leste" — em alemão "Greutungen", "Ostrogoten" ou "Ostgoten"[2]
Os vestígios visigóticos em Portugal e Espanha incluem várias igrejas e descobertas arqueológicas crescentes, mas destaca-se também a notável quantidade de nomes próprios e apelidos que deixaram nestas e noutras línguas românicas. Os visigodos foram o único povo a fundar cidades na Europa ocidental após a queda do Império Romano e antes do pontuar dos carolíngios. Contudo o maior legado dos visigodos foi o Direito visigótico, com o Liber iudiciorum, código legal que formou a base da legislação usada na generalidade da Ibéria cristã medieval durante séculos após o seu reinado, até ao século XV, já no fim da Idade Média
Reino dos Visigodos.png
O reino visigodo na sua máxima extensão, cerca de 500 d.C..

Anglos



Burgúndios


Burgúndios ("os Montanheses"), são um antigo povo de origem escandinava. No Baixo Império Romano, instalaram-se na Gália e na Germânia na qualidade de foederati("federados" em latim). Tendo procurado se estender na Bélgica, foram abatidos por Aécio em 436 e transferidos para Savóia. De lá, eles se espalharam nas bacias doSaône e do Ródano. Foram submetidos pelos francos em 532 e seu território foi reunido à Nêustria. Deram seu nome à Borgonha.A tradição burgúndia da origem escandinava, encontra suporte na evidência dos topônimos e na arqueologia (Stjerna) e muitos consideram essa tradição como correta. Possivelmente, por que a Escandináviaestava além do horizonte das antigas fontes romanas, eles não sabiam de onde os burgúndios vinham, e as primeiras referências romanas os localizavam a leste do Rio Reno. Fontes romanas antigas indicam que eles eram simplesmente outra tribo germânica oriental.
Antiga relação com os romanos
Em algum lugar no leste europeu os burgúndios se converteram ao arianismo, o que passou a ser uma fonte de suspeita e desconfiança entre os burgúndios e o Império Romano do Ocidente católico. As discórdias eram acalmadas por volta de 500, porém, Gundobad, um dos últimos reis burgúndios, manteve uma amizade pessoal próxima com Ávito de Viena, o bispo católico de Viena. Além disso, o filho e sucessor de Gundobad, Sigismundo da Borgonha, era católico, e há evidências que muitos dos burgúndios tenham se convertido na mesma época, incluindo várias mulheres membros da família governante.
Inicialmente, os burgúndios parecem ter tido um relacionamento tempestuoso com os romanos. Eles eram usados pelo império para se defender de outras tribos, mas também penetravam nas regiões fronteiriças e expandiam sua influência quando possível.
Karte Koenigreich Burgund DE.png
Aproximadamente em 300, a população de Bornholm (ilha dos burgúndios), desapareceu quase totalmente da ilha. Muitos cemitérios pararam de ser usados, e naqueles que ainda eram usados havia poucos sepultamentos.
No ano de 369, o imperador Valentiniano I, alistou-os para ajudá-lo na sua guerra contra as tribos germânicas, os alamanos. Nessa época, os burgúndios possivelmente viviam da bacia do Vístula, de acordo com o historiador dos godos. Algum tempo após a guerra contra os alamanos, os burgúndios foram derrotados em batalha por Fastida, rei dos gépidas, sendo subjugados, quase aniquilados.
Aproximadamente quatro décadas depois, os burgúndios reapareceram. Seguindo a retirada das tropas do general romano Estilicão para atacar Alarico I, os visigodos em 406-408, as tribos do norte cruzaram o rio Reno e entraram no Império Romano na Völkerwanderung, ou (migrações dos povos bárbaros). Entre elas estavam os alanosvândalossuevos e possivelmente os burgúndios. Os burgúndios migraram para oeste e se estabeleceram no vale do Reno.
Havia, ao que parece, naquela época um relacionamento amigável entre os hunos e os burgúndios. Era um costume huno entre as mulheres ter seu crânio alongado artificialmente por um amarrador apertado na cabeça quando a criança ainda era um bebê. Túmulos germânicos são às vezes encontrados com ornamentos hunos e também com crânios de mulheres alongados; a oeste do Reno apenas sepulturas burgúndias contém um grande número desses crânios (Werner, 1953).

Francos


Os francos formavam uma das tribos germânicas que adentraram o espaço do império romano a partir da Frísia como foederati e estabeleceram um reino duradouro na área que cobre a maior parte da França dos dias de hoje e na região da Francônia na Alemanha, formando a semente histórica de ambos esses países modernos.
O reino franco passou por várias partilhas e repartições, já que os francos dividiam sua propriedade entre os filhos sobreviventes, e como não tinham um senso amplo de uma res publica, conceberam o reino como uma grande extensão de uma propriedade privada. Essa prática explica em parte a dificuldade de descrever com precisão as datas e limites físicos de quaisquer um dos reinos francos e quem reinou sobre as várias seções. A retração da alfabetização enquanto os francos reinaram agrava o problema: eles produziram poucos registros escritos. Em essência, no entanto, duas dinastias de líderes sucederam uma a outra, primeiro os merovíngios e depois oscarolíngios.
Expansão dos francos entre 481 e 814.


Lombardos
Os lombardos ou longobardos (em latimlangobardi, "os de barba longa") eram um povo germânico originário no Norte da Europa que colonizou o vale do Danúbio e, a partir dali, invadiu a Itália bizantina, em 568, sob a liderança de Alboíno. Lá estabeleceram um Reino Lombardo, posteriormente chamado de Reino Itálico (Regnum Italicum), que durou até 774, quando foi conquistado pelos francos. Sua influência na geografia política italiana fica evidente na denominação regional da Lombardia.Os lombardos falavam um idioma germânico extinto do qual restam poucas evidências, o lombardo.




Língua
língua lombarda é uma língua germânica já extinta cujo uso começou a declinar no século VII, mas que ainda estava em uso até por volta do ano 1000. Foi preservada apenas de maneira fragmentária, com a sua principal evidência consistindo de palavras individuais citados em textos latinos. Na ausência de textos completos no idioma, nada se pode concluir sobre a sua morfologia e sintaxe. A classificação genética do idioma tem como base apenas a sua fonologia. Como existem evidências de o lombardo tenha participado - e até mesmo seja a sua evidência mais antiga - da mudança consonantal do alto alemão, costuma ser classificado como um dialeto germânico do Elba ou alemão superior.

Fragmentos do lombardo foram preservadores em inscrições rúnicas. Entre as fontes primárias do idioma estão inscrições curtas no antigo futhark, entre elas a "cápsula de bronze de Schretzheim" (c. 600). Diversos textos latinos incluem nomes lombardos, e textos jurídicos lombardos contêm termos retirados do vocabulário legal do vernáculo. Em 2005, alegou-se que a inscrição da espada de Pernik poderia estar em lombardo.