terça-feira, 18 de outubro de 2011


Com um vídeo mais detalhado é mais provável que quem irá ler o blog sobre o assunto possa entender melhor o tema tratado.

A relação entre a formação das monarquias nacionais e o inicio das desavenças entre a igreja e os reis.

À medida , em que s reis, iam concentrando o poder em suas mãos, eles tinham , que prover para que seus interesses , e os interesses " nacionais ", fossem garantidos , ou alcançados , e estes, passaram a colidir com os desígnios da igreja , como no caso em que o rei inglês , exigiu do papado o divórcio de sua esposa, e recebendo resposta negativa por parte do papa , o rei rompeu a aliança existente com a igreja católica e fundou a igreja anglicana , que estava inteiramente sob seu controle (autorizou se casasse com outra mulher ) . Essas desavenças tinham origem no conflito de interesses entre a igreja e o estado, e também pelo envolvimento da igreja em disputas temporais ( como por exemplo, a aliança entre o vaticano e a coroa espanhola - os Habsburgos - ) , o que levou a igreja a tomar partido em favor de determinados países em detrimento de outros.

As Monarquias Nacionais surgem quando o poder real passa a ter maior domínio e influência no território europeu, sendo quase tão poderosas quanto a Igreja e o Papa. 

Esse Sistema Político surge com o crescimento das cidades européias e os problemas feudais, algumas partes da Europa o rei assume o posto de controlar e resolver as questões políticas. 

Para recuperar o prestígio e o poder e superar os senhores feudais, os burgueses se tornam aliados dos reis, essa parceria resultada em acelerar a ascensão do capitalismo. Assim os reis e os burgueses tornam-se responsáveis por questões relacionadas a evolução do comércio, questões jurídicas, organização para a cobranças de impostos entre outras. E para firmar e fortalecer o domínio do rei, a corte real passou a ser corte suprema de justiça da nação. 



Magna Carta 

Magna carta quer dizer, Carta grande, ou seja, é um grande documento, que possui a assinatura do Rei João, que queria fazer com que o exército não tivesse o poder absoluto. O rei João não queria assinar essa carta, pois não poderia ter mais direitos sobre algumas coisas e teria de fazer, teria de fazer tudo segundo a lei. 




AS MONARQUIAS NACIONAIS

Objetivo:

O objetivo desta postagem é mostrar como surgiram as monarquias. Quais foram os primeiros países que conseguiram se unir ao ponto de formar um reino unificado mesmo tendo grande extensão territorial, sem estar nos moldes do feudalismo e Ter um poder centralizado e forte com moeda e exército nacional.

AS MONARQUIAS NACIONAIS

Como já analisado em lições anteriores, uma das características mais comuns do feudalismo foi a descentralização política. O sistema feudal tinha rígidas estruturas que eram verdadeiras barreiras para o desenvolvimento do comércio, A principal atividade burguesa. Visto que o feudo tinha autonomia política, havia a variação de moedas, tributos, pesos e medidas de um feudo para outro.

A partir do século XI, a situação política começa a mudar. Primeiro, porque a burguesia tinha um imenso interesse em instituir um poder forte e centralizado que pudesse ficar à cima da autoridade da nobreza, tirando totalmente as características feudais. Segundo, os reis já ansiavam fortalecer-se politicamente e submeter a nobreza e a igreja ao seu poder.

As mudanças que ocorreram no século XI, como: as revoltas populares, as epidemias, a expansão do comércio e o enriquecimento dos comerciantes junto com a união de interesses de burgueses e o rei, serviram de impulso para o processo de formação das monarquias nacionais. Permitiu também a instituição de impostos, moedas e exército a nível nacional.

Formação das monarquias nacionais.

No decorrer da Idade Média, a figura política do rei era bem distante daquela que usualmente costumamos imaginar. O poder local dos senhores feudais não se submetia a um conjunto de leis impostas pela autoridade real. Quando muito, um rei poderia ter influência política sobre os nobres que recebiam parte das terras de suas propriedades. No entanto, o reaquecimento das atividades comerciais, na Baixa idade Média, transformou a importância política dos reis.

A autoridade monárquica se estendeu por todo um território definido por limites, traços culturais e linguísticos que perfilavam a formação de um Estado Nacional. Para tanto, foi preciso superar os obstáculos impostos pelo particularismo e universalismo político que marcaram toda a Idade Média. O universalismo manifestava-se na ampla autoridade da Igreja, constituindo a posse sobre grandes extensões de terra e a imposição de leis e tributos próprios. Já o particularismo desenvolveu-se nos costumes políticos locais enraizados nos feudos e nas cidades comerciais.

                                                               


 Os comerciantes burgueses surgiram enquanto classe social interessada na formação de um regime político centralizado. As leis de caráter local, instituídas em cada um dos feudos, encareciam as atividades comerciais por meio da cobrança de impostos e pedágios que inflacionavam os custos de uma viagem comercial. Além disso, a falta de uma moeda padrão instituía uma enorme dificuldade no cálculo dos lucros e na cotação dos preços das mercadorias.

Um conceito mais aprofundado sobre o tema.

Com um vídeo mais detalhado é mais provável que quem irá ler o blog sobre o assunto possa entender melhor o tema tratado.

O renascimento comercial-urbano na europa.

O renascimento comercial-urbano na Europa, deu-se na Baixa Idade Média.
Cidades italianas como Florença e Veneza foram as principais impulsionadoras das atividades comerciais na Europa, principalmente por fornecerem as especiarias vindas do Oriente, já que tinham controle sobre o Mediterrâneo. O desenvolvimento e intensificação das feiras-livres cresceu junto com a produção agrícola. O fluxo das especiarias e as feiras possibilitaram a estruturação e surgimento de rotas de comércio ligando as cidades aos pontos de comércio (esse conjunto de ligações pode ser chamado de entroncamento), que cresciam e se desenvolviam economicamente, com destaque para Champanhe (França) e Flandres (Bélgica).



A retomada do uso da moeda (as principais da época: Florim de Ouro e Ducado de Ouro) auxiliou nas ações financeiras, como as atividades de crédito e bancárias, na retomada do trabalho assalariado e na formação de associações de controle da produção e comércio, em destaque:
*Hansas / Ligas Hanseáticas: associações de mercadores (monopólio do comércio local, controle da concorrência estrangeira, regulamentação de preços).
Corporações de Ofício
*Guildas: associações de artesãos (monopólio das atividades artesanais, controle da concorrência, regulamentação de preços, estabelecimento de normas de produção, controle de qualidade e assistência aos membros.

RENASCIMENTO URBANO(OU DAS CIDADES)

As cidades assumiam papeis diversificados durante o passar dos tempos. Na época do feudalismo, as cidades serviam apenas como centros religiosos e militares além de serem ligadas ao feudo. O crescimento delas só começou a surgir quando o comércio se expandiu.

Na época do feudalismo, o Senhor feudal tinha controle tanto no campo como na cidade. Não havia distinção de cidade e campo. No começo a maioria das cidades eram cercadas por altas muralhas, fazendo assim um núcleo urbano, chamado burgo. Mas com o aumento da população os burgos ultrapassaram os limites das muralhas. Então os habitantes dos burgos passaram a ser os comerciantes e artesãos, também chamados de burgueses. Com o progresso do comércio e do artesanato, o crescimento social da burguesia também foi notado. Estes eram homens livres de laços com senhores feudais.
Mas a partir do século XI, quando as cidades começaram a crescer e os burgueses aparecer, a situação mudou. Porque agora as cidades tinham ganho prestígio econômico e poder e os burgueses, começaram a se mexer a procura de sua autonomia em relação ao  feudo. Esse movimento de independência das cidades em relação ao feudo é chamado de movimento comunal.


AS CORPORAÇÕES

Assim como o comércio crescia, o artesanato também. Com toda essa produção as cidades estavam cheias de comerciantes e artesões. Logo para defender seus direitos trabalhistas, essas duas categorias começaram a ser organizar em corporações.

» Corporação de mercadores ou guildas: esta representava os comerciantes, tinha por objetivo garantir o monopólio do comércio e controlar os preços das mercadorias. Podendo ser ou a nível local ou a regional.

» corporação de ofício: esta representava os artesões. Sua função era controlar a produção juntamente com a qualidade dos produtos comercializados nas cidades e garantir o monopólio das atividades profissionais. Elas também tinham função de ajudante ou melhor “assistente social”. Porque havia a união dos produtores para auxiliar os companheiros que não pudessem trabalhar.

Havia assim uma hierarquia na produção artesanal.

No topo da escala estava o mestre artesão ou mestre de ofício. Este era o proprietário de tudo, ferramentas, matéria-prima e o produto final. Ele tinha o conhecimento de todo processo da produção, contratava trabalhadores e estabelecia os salários. Nos dias de hoje , seria como um gerente de fábrica.

Depois dele estavam os oficiais ou companheiros, ou seja, os trabalhadores contratados por um salário. Logo depois vinha o aprendiz, que estava na base da escala. Este era subordinado ao mestre e estavam trabalhando para aprender o ofício. Por isso não eram pagos por seu trabalho e sofriam muito abuso.

AS FEIRAS COMERCIAIS

Esse movimento de mercadorias, fez aumentar o consumo de produtos entre a população. Criando assim um local permanente de venda e compra de produtos: as feiras. Nestes locais a circulação de dinheiro era muito forte. As principais feiras localizavam-se em Champagne, na França e em Bruges, na região dos Flandres, na atual Bélgica.

CHAMPAGNE

Era o ponto de encontro dos comerciantes do mar Mediterrâneo e do Báltico e do mar do Norte. Com tantas saídas e direções, vinham comerciantes negociar seus produtos. As maiores feiras se concentravam nessa região. Nas cidades de Laguy, Provins e Troyes. Os proprietários de terras dessa região garantiam a participação segura de mercadores originários de qualquer lugar.

FLANDRES

Quando um cai outro se levanta! Quando Champagne começou a cair,Flandres tomou a frente nos negócios. Passou a ser o principal núcleo comercial do mar do Norte e  do mar Báltico. Sendo a região mais destacada comercialmente.

As cidades principais de comércio foram Bruges e Antuérpia.

Com o aumento das atividades comerciais, surge os “defensores” dos interesses dos comerciantes:

As Ligas  ou  Hansas: estas defendiam os interesses dos comerciantes de várias cidades. As primeiras foram formadas no século XII e cuidavam do comércio em larga escala ( o que hoje poder ser o comércio por atacado).

A liga de maior destaque foi a Liga Hanseática, que incluía comerciantes alemães. Com cerca de 80 cidades, entre elas Hamburgo e Dantzig.

Com o aumento do comércio houve um aumento das atividades financeiras. Com : troca de dinheiro, financiamentos e empréstimos. Neste comércio o produto de negociação era o próprio dinheiro. Por isso os “ trocadores de dinheiro”( banqueiros) eram importantes nas feiras. Pois nelas, não haviam padronização de moedas. Logo esses comerciantes pesavam, avaliavam e trocavam os mais variados tipos de moedas.

Renascimento comercial e urbano.

Para começar vamos ver o que significa Renascimento Comercial e Urbano.
Renascimento= Nascer de novo.
Comercial=Troca.
Urbano=Cidade. 


Esta postagem destacará como e onde surgiu o renascimento comercial, e quem foram os mais beneficiados. Será visto quais os fatores que contribuíram para esse renascimento. Quais foram as feiras mais importantes da época. E como as regiões norte e sul da Europa se interligaram através do comércio.



 RENASCIMENTO COMERCIAL

O renascimento comercial na idade média beneficiou principalmente as cidades italianas, alguns dos motivos foram:

» Localização geográfica favorável ( Mar Mediterrâneo);

» Fortalecimento das ligações comerciais com o Oriente, durante a 4ª cruzada, onde se obteve o direito a distribuição de mercadorias orientais pelo continente europeu.

Na Europa Setentrional, o comércio ampliou-se na região dos mares Báltico e do Norte, destacando-se a região dos Flandres, devido sua produção de lã.

As regiões norte e sul da Europa foram interligadas pelas atividades comerciais através de rotas terrestres e fluviais.

As feiras eram os locais de compra e venda de produtos dos negociantes. Até o século XIV, as feiras mais importantes eram na região de  Champanhe, França.

Esse comércio possibilitou o retorno das transações financeiras, o reaparecimento da moeda, ou seja, deu vida as atividades bancárias.

Com isso a terra deixava de ser a única fonte de riqueza e um novo grupo social surge, os mercadores ou comerciantes.


FATORES QUE CONTRIBUIRAM PARA O RENASCIMENTO COMERCIAL:

» esgotamento das terras: com o esgotamento de terras férteis, muitos camponeses se viram sem alternativa de trabalho ou emprego. Por isso o comércio foi uma opção achada por eles para s entrada nas atividades comerciais.

» Cruzadas: ajudou a expandir  as atividades comerciais, pelo menos por três motivos: os cruzados não eram os únicos a irem as expedições cruzadistas, os viajantes mercadores iam juntos, e assim serviam como abastecedores dos peregrinos com seus produtos.

» O contato com o Oriente:   esse contato fez nascer o gosto pelos artigos luxuosos, nos ocidentais, o qual fez ampliar largamente o consumo destes artigos na Europa.

» O enriquecimento dos nobres: estes iam para as cruzadas, aumentando a riqueza em circulação.



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Para entender...

Bárbaros” era a denominação dada aos povos de origem germânica que invadiram a Península Ibérica durante os séculos IV e V. A palavra “bárbaros” deriva do romano “bárbaroi” = estrangeiro, e designava qualquer um que não compartilhasse da cultura e da língua romanas.
Os bárbaros, na verdade, dividiam-se em diversos povos distintos que habitavam as regiões dos rios Reno, Danúbio, Vístula e a região dos mares do Norte e Báltico, a Germânia. Os grupos bárbaros dividem-se em Tártaro-mongóis (hunos, turcos, búlgaros, húngaros – magiares), Eslavos (russos, poloneses, tchecos, sérvios) e germanos (visigodos, ostrogodos, hérulos, anglos, saxões, lombardos, vândalos e francos).
Durante muito tempo os bárbaros viveram em paz com os romanos que já haviam tido contato com eles desde o Império de Júlio César. Entretanto, com a chegada dos hunos, vindos da Ásia central, os bárbaros germânicos foram “empurrados” para os territórios romanos de forma nem um pouco amistosa causando uma onda de devastação e terror.
A organização social dos bárbaros se baseava na “sipe”, um clã formado por famílias ligadas entre si por parentesco onde cada um protegia ao outro e onde a ofensa a um deles significava a ofensa a toda à sipe. Como não conheciam a organização em um estado a instituição mais importante dos bárbaros era a Assembléia de Guerreiros que decidia sobre todas as questões, decidindo inclusive quem seria o rei. Este, geralmente constituía para si uma guarda pessoal que lhe jurava fidelidade no caso de um ataque e ganhava em troca alguns prêmios, como terras e riquezas pilhadas de outros povos.
A principal atividade econômica dos bárbaros era o cultivo de trigo, feijão, cevada, ervilha e a criação de gado para obtenção de couro, carne e leite, entretanto, os bárbaros utilizavam a guerra e a pilhagem como forma de adquirir bens.
Sua religião era politeísta e Odin, o deus do vento e da guerra, seu principal representante. Eles acreditavam que após a morte os bravos guerreiros iriam desfrutar de um paraíso, como uma vida após a morte.
Diversos aspectos da cultura bárbara iriam compor todo o cenário da Idade Média visto que sua arte e cultura influenciaram muitos aspectos deste período principalmente na arquitetura e religião.
Os principais povos bárbaros foram os burgúndios, francos, suevos, alanos, vândalos, lombardos, anglos, saxões, jutos, frisões, e etc. Os francos se estabeleceram na região da atual França; os lombardos invadiram a Península Itálica ao norte; os anglos e saxões, invadiram o território das Ilhas Britânicas; os Burgúndios invadiram a região do sudoeste da França; os visigodos tomaram a Gália, Itália e Península Ibérica, assim como os suevos e os vândalos, estes últimos ainda chegaram ao norte da África; e os ostrogodos que invadiram a região da atual Itália.

Anglos

Os Anglos são uma palavra inglesa moderna usada para se referir ao povo germano cujo nome deriva-se da antiga região cultural de Ânglia, um distrito localizado em Schleswig-HolsteinAlemanha. Os anglos foram um dos maiores grupos a fixar-se na Bretanha no período pós romano, fundando diversos reinos da Inglaterra Anglo-saxônica e instalando-se na Ânglia OrientalMércia e na Nortúmbria no século V d.c e seu nome é raiz do nome "Inglaterra".

O nome étnico "anglos" (Angeln em alemão (significa "peixe"); englas em inglês antigoanglus, pl. anglii em latim) possui várias formas e grafias, a mais antiga comprovada é o nome latinizado Anglii, uma tribo germânica mencionada na Germania de Tácito. A Bretanha meridional e oriental foi posteriormente chamada de Engla-lond ("terra dos anglos", em inglês antigo), e mais tarde England, o termo em inglês para Inglaterra.


Império Romano de Adriano (117-138), mostrando a localização dos Anglii, que então habitavam a península daJutlândia (atual Dinamarca).

Ostrogodos

Os ostrogodos eram um ramo dos godos, povo germânico que, segundo Jordanes, surgiu na região meridional da Escandinávia. Esse povo originalmente era um povo unificado mas acabou por dividir-se em dois ramos: visigodos (que significa "godos do oeste") e ostrogodos (que significa "godos do leste"). Nenhuma outra fonte primária menciona esta longa migração, que poderia ter-se iniciado no Báltico ou no Mar Negro e é possível que os godos tenham se desenvolvido como um povo distinto dos demais bárbaros nas fronteiras do Império Romano [1]. Os godos, segundo Jordanes, se distinguiam por usarem escudos redondos e espadas curtas e obedecerem fielmente a seus reis.
A única fonte da história inicial dos godos é a Getica de Jordanes (publicada em 551), um resumo de Libri XII De Rebus Gestis Gothorum,[2] história escrita por Cassiodoro, em doze volumes, por volta de 530. A obra de Cassiodoro perdeu-se e Jordanes nem mesmo deve tê-la em mãos para consulta, portanto esta fonte primária deveria ser considerada com cuidado. Cassiodoro estava no lugar certo para escrever sobre os godos, por ser ele um dos principais ministros de Teodorico o Grande, que certamente havia ouvido algumas das canções góticas que falavam de suas origens tradicionais.


História

Origens

Os ostrogodos surgiram na fronteiras do Império Romano a partir das invasões hunas na região do mar Negro. Até então visigodos e ostrogodos não haviam se dividido e estavam sob o poder do rei Hermenerico. Com as primeira invasões hunas o rei se suicidou e outros dois reis surgiram para sucedê-lo: Vitimiro (governou os ostrogodos) e Fritigerno (governou os visigodos).
Vitimiro foi eleito em um momento em que o povo ostrogodo vivia em uma situação muito precária tendo se suportar diversas derrotas frente aos hunos. Em 376, os ostrogodos sofreram uma derrota terrível, onde morreu o próprio Vitimiro. Como o filho de Vitimiro, Viderico, era uma criança, os generais Alateo e Safrax assumiram a regência até que ele cumprisse 21 anos. Após a derrota em mãos hunas, os ostrogodos dirigidos por Safrax e Alateo se dirigiram junto com os visigodos até o Dniestre, e mais adiante em direção ao Danúbio e ao Império Romano, porém outro grupo importante foi submetido pelos hunos.
Alateo e Safrax aderiram à revolta de Fritigerno e com ele participaram da Batalha de Adrianópolis em 378. Após esse período a única coisa que sabe sobre os três é que foram instalados junto com seu povo pelo imperador Graciano na Panônia. Até o ano de 453, as únicas referências aos ostrogodos são as informações das ajudas militares destes ao Império Huno, principalmente na Batalha dos Campos Cataláunicos (451).
Em 453, com a morte de Átila, os godos Valamiro, Videmiro e Teodomiro começaram uma revolta contra os hunos que acabaria causando em 454, com a Batalha de Nedao, a libertação do povo ostrogodo das mãos hunas. Em 454, os ostrogodos libertos foram junto dos três revoltosos para a Panônia onde formaram um reino ostrogodo. Esta região como já mencionado já estava sendo habitada pelos godos que fugiram dos hunos anos antes.
Valamiro, Videmiro e Teodomiro tornaram-se reis dos godos compartilhando o poder e o titulo.
Uma disputa relativa a certos impostos anuais levou Valamiro a dirigir um exército de ostrogodos contra Constantinopla (459462), onde o imperador bizantino Leão I prometeu um pagamento anual de ouro para satisfazê-lo. Durante um ataque contra os citas, Valamiro caiu de um cavalo e morreu (465).
Após a guerra contra hérulos, gépidas e citas pelo controle da Panônia, Videmiro se dirigiu com uma porção de ostrogodos até a Itália, em 473. Ali, o imperador Glicério os aconselhou a dirigir-se a Gália junto com seus parentes visigodos.
Desde então, Teodomiro, que era o maior dos irmãos, ficou como único rei dos ostrogodos da Panônia.
Casou-se com Erelieva, com que teve dois filhos: Teodorico e Amalafrida. Quando Teodomiro morreu em 474, seu filho Teodorico o sucedeu como rei.


Reino ostrogodo na Itália

Não muito depois de Teodorico se tornar rei, ele e Zenão I concluíram um acordo que beneficiava os dois lados. Os ostrogodos precisavam de um lugar para viver, e Zenão I estava tendo sérios problemas com Odoacro, rei da Itália que tinha causado a queda do Império Romano do Ocidente em 476. Ainda que formalmente fosse um vice-rei do imperador Zenão I, Odoacro estava ameaçando territórios bizantinos e não respeitava os direitos dos cidadãos romanos na Itália. Com o encorajamento de Zenão I, Teodorico invadiu o reino de Odoacro.
Teodorico chegou com seu exército à península Itálica em 488, onde venceu a Batalha de Isonzo (489), a Batalha de Milão (489) e a de Adda, em 490. Neste mesmo ano Ravenna foi assediada. O cerco durou três anos e foi marcado por dezenas de ataques de ambos os lados. No final, nenhum dos lados pode prevalecer de forma conclusiva, e assim em 2 de fevereiro de 493, Teodorico e Odoacro assinaram um acordo que garantiu a supremacia de ambos. Um banquete foi organizado para celebrar o tratado. Foi nesse banquete que Teodorico matou Odoacro com as próprias mãos.


Mapa do reino Ostrogodo no seu auge, sob Teodorico, o Grande

Como Odoacro, Teodorico era formalmente apenas um vice-rei para o imperador romano em Constantinopla. Na realidade, ele agia com independência, e o relacionamento entre o imperador e Teodorico era de iguais. Contudo, diferentemente de Odoacro, Teodorico respeitava o acordo que tinha feito e permitia que os cidadãos romanos dentro do seu reino fossem submetidos à lei romana e ao sistema judicial romano. Os ostrogodos, por enquanto, viviam sob suas leis e costumes.
Teodorico foi um governante hábil, que soube conservar o equilíbrio entre as instituições imperiais e as tradições bárbaras. Homem culto, educado na corte de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, conseguiu ganhar a simpatia da aristocracia romana, cujos privilégios anteriores respeitou, e do povo, que assistia satisfeito à realização de obras públicas para a reconstrução e modernização de Roma. Ao que parece, Teodorico alimentava o projeto de fundar um império godo que impusesse seu domínio sobre o resto do mundo bárbaro. Para isso, manteve contato com outras tribos godas e estabeleceu vínculos familiares com os francos, os vândalos e os burgúndios.
Após sua morte em Ravenna, em 526, Teodorico foi sucedido pelo seu neto Atalarico. Atalarico foi inicialmente representado por sua mãe, Amalasunta, que atuou como rainha regente de 526 a 534.
Não suportando a regência de uma mulher, a educação romana ministrada ao rapaz, o tratamento obsequioso de Amalasunta em relação a Bizâncio, nem tampouco seu espírito conciliador com os romanos, a nobreza gótica decide tirar-lhe o filho e educá-lo segundo os costumes de seu povo.
O jovem, no entanto, não resistiu a isso e morreu em 534. Amalasunta, que queria manter o poder, desposou Teodato, um dos chefes do partido nacional.
Teodato exilou a esposa no lago de Bolsena e ordenou sua morte em 535. O assassinato de Amalasunta foi usado pelo imperador bizantino Justiniano I para não reconhecer a legitimidade do reinado de Teodato e invadir a Itália. A "reconquista" da Itália pelo Império Bizantino levaria quase duas décadas e seria mais destruidora que as invasões bárbaras dos dois séculos anteriores. Esse periodo foi denominado de Guerras Góticas.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Para Saber Mais


Vândalos

Os Vândalos eram uma tribo germânica oriental que penetrou no Império Romano durante o século V e criou um estado no norte da África, centralizado na cidade de Cartago. Os vândalos saquearam Roma no ano de 455, destruindo muitas obras primas de arte que se perderam para sempre.Os vândalos foram identificados com a cultura Przeworsk no século III. Controvérsias envolvem as potenciais conexões entre os vândalos e outra possivelmente tribo germânica, os Lugii (lygier, lugier ou lígios). Alguns acadêmicos acreditam que ou Lugii era um antigo nome dos vândalos ou os vândalos eram parte da confederação lígia.





   
Norte da Europa e Báltico no século III
██ cultura báltica (Aesti?)


Vandalismo

O ataque dos neo-vândalos

Onde houver guerra, onde houver destruição, onde houver artigos serem varridos, lá estarão os vândalos. Vândalos são como hienas, atacam sempre em bandos. Era difícil combater vândalos antigos, e atualmente, mais difícil ainda combater os neo-vândalos. Eles entram em êxtase e começam a destruir tudo o que veem pela frente, como bons bárbaros. Quando o líder do bando é preso, um novo líder é escolhido para comandar a bagunça.
O ataque dos neo-vândalos
Onde houver guerra, onde houver destruição, onde houver artigos serem varridos, lá estarão os vândalos. Vândalos são como hienas,  atacam sempre em bandos. Era difícil combater vândalos antigos, e atualmente, mais difícil ainda combater os neo-vândalos. Eles entram em êxtase e começam a destruir tudo o que veem pela frente, como bons bárbaros. Quando o líder do bando é preso, um novo líder é escolhido para comandar a bagunça.


O vandalismo (Wandhalismus na linguagem gótica) é uma seita de adoração aos vândalos. Todas as escrituras anarquistas são adoradas pelos vandólatras. Toda a cultura vândala é estudada, e os membros da seita agem como verdadeiros vândalos. Hoje em dia, os arruaceiros também recebem o apelido vandálico, apesar de não serem membros da Ordem Vandalística.